Aquilo que aprendi sobre ser feminista
- Rayssa Vanucci
- 23 de set. de 2015
- 2 min de leitura
Andei pensando sobre como nós mulheres (ou não) somos sempre influenciadas por alguns tipos de ideias (ou frases bem elaboradas), e resolvi escrever hoje sobre minhas experiências e sobre como me defini feminista. Grande parte dos textos que li sempre me pareceram mais como um auto-ajuda que diziam como você deve ser e se comportar (:o isso mesmo! Até inconscientemente às vezes).
Por um tempo, bem maior do que eu esperava, tive minhas dúvidas se eu era uma feminista ou não. Agora você deve se questionar o porquê de tamanha dúvida, vamos dizer que para uma pessoa leiga no assunto, após ler textos onde dizem que você tem direitos a não estar depilada, a não ser feminina, carinhosa e outras diversas características que deveriam ser da mulher, você acaba se perguntando, se eu sou assim, se dou importância para esse tipo de coisa, se isso me faz sentir bem, significa que não estou apta para ser uma verídica feminista? É caro leitor, e talvez essa dúvida me assombrasse ainda mais pelo fato de não me identificar com muitas ideias por mim lidas – as quais não devo comentar agora -, e daí a dúvida que pode vir a surgir de você é, como eu vim parar aqui? Como eu cheguei a escrever em blog que traz exatamente esse tipo de assunto?
E para minha surpresa a resposta é óbvia, buscar outras fontes para moldar as suas próprias idéias é sempre necessário. Realmente você não precisa estar sempre isso ou sempre aquilo, mas se quiser estar também tudo bem, isso se trata mais de como você mulher, se sente bem, e de como você tem que fazer o que quer, não o que foi determinado para você! O feminismo, na minha opinião, se trata de que todos os seres humanos tem exatamente os mesmo direitos e deveres, independente de cor, sexo, opção sexual e esse grupo tem como objetivo buscar essa igualdade de direitos para as mulheres. O que me fez me ver feminista foi à possibilidade de entender que independente do meu gosto, modo de ser, eu buscava esses direitos e queria que todas as mulheres pudessem usufruir deles e isso já era o suficiente para me sentir parte desse todo. Então se você que está lendo esse texto já se sentiu como eu (mesmo você sendo homem, pois ora bolas, você também pode ser um feminista), comece a pensar mais como você se sente em relação ao movimento do que as suas interpretações de opiniões alheias sobre o assunto. O que eu mais vejo são pessoas que não se julgam feministas simplesmente por não se encaixarem em padrões, os quais já não deveriam mais existir.
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